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Você lembra da Alice no país das Maravilhas?

Alice percorreu o caminho para o seu autoconhecimento

Como sabemos todos os textos têm uma função social. Alguns servem para informar, outros para entreter e alguns para transmitir conhecimentos. Os contos de fadas são, basicamente, lições que são passadas de gerações para gerações. Tentativas de mostrar que sair da trilha não é uma boa alternativa, que comer maçã dada por desconhecidos é perigoso, entre outras tantas que nos conhecemos bem.

Mas a que eu mais gosto é Alice no país das maravilhas. Sempre que posso retorno no conto para relembrar o caminho que ela percorreu para o seu autoconhecimento. Sim, isso mesmo que você leu. Alice está à procura dela mesma durante toda a história!

E como vemos não foi muito fácil, pois primeiro ela teve que se perder do que ela conhecia e achava normal para depois conseguir encontrar o caminho de volta para ela mesma. E como guia ela contava apenas com animais e seres estranhos para ajudar a desvendar os labirintos daquela floresta, que a todo momento questionavam “Quem é você?”. E ela é uma das primeiras histórias infantis na qual a personagem principal não tinha uma figura salvadora, ela mesma se “salvou” daquele mundo maravilhoso que ela criou.

E aqui entra o tema do nosso texto de hoje: você já se perdeu no seu mundo maravilhoso? O seu mundo maravilhoso é criação sua ou pitacos dos outros?

Muitas vezes criamos ideias para nossa vida que não passam de fantasia e ilusão do que é certo, do que é ideal, passamos a nos martirizar correndo atrás daquela realidade perfeita e nos esquecemos de olhar para o que realmente queremos. Isso quando paramos para realmente ouvir o que queremos. Ficamos comparando a nossa vida e nossas conquistas aos dos outros sem ao menos valorizar aonde chegamos, quem somos. E passamos a vida tipo a Alice: perdidas.

E como fazer para não ficar perdida? Ora, temos que fazer igual a Alice: ouvir a nossa intuição. Os animais e seres que ela encontra no caminho nada mais são que a materialização da intuição dela, da sabedoria que ela já tinha dentro de si. E todas nós temos essa sabedoria que mostra para nós o caminho de volta, o caminho do conhecimento, o da realização, do amor- próprio. Ele fica lá, no nosso coração, soprando qual é a sua vontade, seu desejo, qual o caminho certo a seguir. A intuição não é estrondosa como a rainha de copas, nem tão pouco controvérsia feito o chapeleiro. Mas ela é como a lagarta, que fala baixinho só para você ouvir, com firmeza e tranquilidade, procurando te mostrar quem é você de verdade.

Te convido a ouvi-la e responder a pergunta central desse conto: Quem é você?

– por Carolina Dias

Carolina é mulher, negra, professora de línguas da rede municipal de SP, casada, estudiosa e curiosa. Acredita na força interior do autoconhecimento e do autorreconhecimento. Conheça mais sobre o perfil da autora desse texto no Instagram:@kroljuliana

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