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Reflexões importantes sobre suas escolhas

O que seu “EU” do passado diria para o seu “EU” do presente?

Chega um momento na vida em que começamos a questionar todas as escolhas que um dia tomamos.

Quais foram baseadas em nossas próprias escolhas? Quais possuem nossas características pessoais? Quais realmente foram um sonho nosso? Quando éramos crianças sempre sonhávamos com um mundo infinito de oportunidades, mas ao crescermos perdemos metade dessa confiança.

Você já se perguntou como seria a reação da sua eu anterior se te encontrasse hoje para uma conversa?

Esses dias estive lembrando da minha infância e me peguei pensando exatamente naquela criança e o quão corajosa aquela menina era, na minha cabeça eu acreditava em um mundo cheio de possibilidade e nele, eu poderia ser qualquer coisa que quisesse!

Antes de crescer e me deparar com as situações da vida adulta, de entrar em um mundo repleto de regras onde passamos por juízes a todo momento, existia uma pessoa que não seguia um determinado manual, apenas aquele criado por meus pais.

Sempre fui uma pessoa muito sonhadora e, como qualquer criança, amava brincar de ser alguma coisa. Um dia eu acordava e era artista, cantora, dançarina, médica, designer (sem ao menos saber o nome), estilista, presidenta do Brasil e no outro uma professora que ensinava o meu olhar sobre o mundo. Nós não reparamos, mas a vida adulta nos molda de uma maneira onde acabamos perdemos as nossas principais essências e marcas que fazem da gente um ser humano único e especial nesse mundo.

A infância é considerada o melhor período para um sonhador, até que chega o momento em que ela se depara com alguém dizendo que aquilo que ela faz, com tanta naturalidade, não é aceitável ao olhar alheio e muda todas as suas possibilidades de escolha para o futuro. Algumas situações que passamos quando criança, acabam criando armaduras no adulto de amanhã. Sem perceber, vamos nos moldando aos olhos de outra pessoa e perdendo as nossas próprias escolhas, criando armaduras para os acontecimentos do nosso dia-a-dia ou um personagem para aliviar as dificuldades da vida, já que da sua maneira ao natural ninguém te aprovaria.

A gente cresce, aprende a seguir regras e esquece daquela criança que era uma coisa diferente a cada nascer do sol. Aquela que era feliz pelas pequenas coisas da vida, porque algum dia alguém apareceu e disse que aquilo era esquisito. Um dia, li um famoso ditado popular que me atingiu como uma facada e me fez recordar daquela menina do passado, nele dizia:
a gente só dá valor depois que perde!

E ao longo da vida nós vamos perdendo, perdendo partes fundamentais de nós mesmos. Se eu hoje eu conversasse com a minha eu do passado, tenho certeza que aquela menina me daria uma grande bronca, simplesmente por ter permitido que o externo definisse o que sou. E ela me deu essa bronca atrás de um ditado popular!

É difícil manter a confiança daquela criança sonhadora em um mundo onde todos querem te definir e dizer aonde você se enquadra, seja por por raça, idade, sexo ou condição financeira. Tudo isso vai apagando aos poucos a luz daquela menina que acreditava que tudo era possível, bastava confiar e se esforçar!

Na vida sempre existirá pessoas que não estão torcendo por você, que dormem desejando para que você não seja feliz ou que concretize seus maiores sonhos. Ou até mesmo lobos em pele de cordeiro, que dizem te apoiar e por trás não acreditam no seu potencial. E algumas vezes você passa acreditar neles e a reproduzir suas ideias para outras pessoas, entristecendo a criança que ainda vive dentro de você.

Mas aqui vai toque: ao se deparar com alguma delas, lembre-se: sua criança interior sempre acreditou em um mundo recheado de possibilidade e não precisava da opinião de ninguém para ser quem quisesse. Bastava ela e um mundo em que tudo era possível.

E ainda é!

– por Karen Veiga

Karen é mulher negra, carioca, periférica e estudante de jornalismo. Curiosa pelas coisas do mundo , nas horas vagas gosta de assistir filmes, ler livros e está em constante busca por novos conhecimentos. Conheça mais sobre o perfil da autora desse texto no instagram:@Karenveigga

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