Mantenha amizades saudáveis
Já reparou em como nossos círculos de amizade vão ficando menores com o passar dos anos? É uma das atividades sociais mais corriqueiras que existe. Não deveria, mas é.
Quando adolescentes temos aquela “turma de amigos” da escola, do curso, da rua que, de certa forma, é um reflexo da nossa vontade de se encontrar no mundo. Eles refletem o modo como pensamos e do que gostamos. Sabe aquele velho ditado: ‘me diga com quem andas que te direi quem és’, aqui cabe perfeitamente.
E com o passar dos anos vamos crescendo, mudando nossos gostos, formas de pensar. A profissão, a correria do dia, a família, vão de nós exigindo mais tempo que os amigos vão se afastando. Ou mudamos de bairro, cidade, país e poucos são aqueles que ainda mantemos contato. E parece que aquela vontade, necessidade, de se sentir parte de algo diminui, damos importância para outras questões. Até que chegamos ao ponto de termos aquela amiga/o, que conversamos algumas vezes. Se encontrar, ainda mais depois da pandemia, virou uma missão quase impossível, e ficamos ali, meio que inertes, vivendo somente a família e o trabalho.
Isso não é para nós, seres humanos, que são seres totalmente sociais. Esse tipo de afastamento não é bom para nossa saúde mental e nem física. É de grande importância o contato e trocas que as amizades podem atribuir para nossas vidas e para nosso crescimento. Essa rede de apoio é super válida na hora de reconhecer em você mesmo quais são seus hobbies, gostos e opiniões, pois se ficamos apenas na nossa pequena bolha, como descobrir se você realmente gosta de um estilo musical ou da nova moda.
Outra partilha super importante, ainda mais para nós mulheres, são as rodas de conversas, estudos e apoio sobre os variados assuntos. Por um exemplo, quando comecei a trilhar o caminho do autoconhecimento, e não sabia por onde começar, a indicação do livro da Dra. Clarissa Pinkola Estés, feito por uma colega de trabalho, foi o grande pontapé. E dando continuidade na minha busca conheci mulheres incríveis que estavam trilhando esse mesmo caminho empoderamento e resgate do auto poder, como a Anieli Talon e a Carolinne Oliveira, que são hoje minhas grandes inspiradoras para continuar a ser sempre a minha melhor versão.
Já parou para pensar, amiga, sobre quem te inspira? O que te trouxe até ao ponto que está? O que te incentiva a continuar? Tudo isso faz parte de quem é a sua tribo e qual é o seu lugarzinho neste vasto mundo. E caso ainda não tenha essas respostas, te convido a procurar sua tribo, se abra para o mundo, vale muito a pena.
Um brinde a quem somos!
– por Carolina Dias
Carolina é mulher, negra, professora de línguas da rede municipal de SP, casada, estudiosa e curiosa. Acredita na força interior do autoconhecimento e do autorreconhecimento. Conheça mais sobre o perfil da autora desse texto no Instagram:@kroljuliana