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Vivendo nos Estados Unidos

Como eu consegui morar nos Estados Unidos.

Viver nos EUA, é mais fácil do que você imagina!

Essa de longe foi uma das melhores experiências da minha vida. São pouquíssimas as pessoas que nunca sonharam com o “American Dream” ou Sonho Americano, de viver ou pelo menos conhecer, o lugar onde todos os seus sonhos podem se tornar realidade, onde você pode fazer muitas compras sem pagar os impostos caros do Brasil, onde você pode visitar todos os lugares que serviram de cenário para os seus filmes preferidos e ah, um lugares que parece ser tão seguro que nada de ruim poderia te acontecer (apesar que depois do 11 de Setembro, essa insegurança começou a existir…). Sim, os Estados Unidos ainda influenciam muito a nossa sociedade e mexem com os nossos sonhos e ideias de realizações na vida.

Mas, como fazer para viver tudo isso?

Essa pergunta ficou na minha cabeça por muito tempo. Eu nunca tinha morado em outro país antes, apesar de já ter tido inúmeras experiências viajando, morar é diferente. Bate aquele medo sabe. E se eu ficar perdida? E se eu for parada na imigração? E se eu não tiver dinheiro suficiente para me sustentar? E se ninguém entender NADA do que eu falo?

Estrategista como sou, comecei a identificar os meus medos e a pensar em soluções para resolve-los e uma das coisas que mais me preocupava era o idioma. Aos 25 anos, eu só sabia falar o meu nome e algumas cores em Inglês. Isso me irritava tanto! Eu sou super comunicativa e não me imaginava sobrevivendo em um universo totalmente novo pra mim, se eu não conseguisse me comunicar bem com ninguém.

Como eu aprendi a falar Inglês em pouco tempo!

Então, na mesma semana, procurei um curso de Inglês perto da minha casa e comecei inicialmente as aulas em grupo. Depois de 2 meses, a escola que é de uma famosa filial, passou por problemas financeiros (naquela época da crise no Brasil que várias empresas começaram a fechar as portas sabe?) e começou a demitir os seus professores. Foi aí, que consegui fechar aulas particulares por um preço baixo, diretamente com a minha ex-professora do curso. E nessa fase, meu inglês evoluiu bem. Em poucos meses, eu já entendia muito, mas ainda tinha muita vergonha de falar errado, das pessoas rirem de mim… Ou seja, eu não falava bem, mas eu entendia o que estavam falando comigo.

O primeiro problema estava se resolvendo, mas ainda tinha uma questão importante. Para onde ir? Vou ir sozinha? Onde eu vou ficar? Eu sabia que para morar em outro país, eu não poderia morar em um hotel. Isso sairia absurdamente caro e alugar uma casa, somente com visto de turista, não é algo fácil. O que eu fiz? O que eu sempre faço, quando eu quero algo e não sei como realizar: Eu joguei para o Universo. Juro! Eu acredito na Lei da atração, porque eu já tive manifestações de realizações pessoais por causa da força do pensamento. E bom, essa historia é um testemunho disso.

Colocando em prática a Lei da Atração

Eu lembro que todos os dias que eu subia a rua da minha casa, eu pensava: “Eu vou morar nos Estados Unidos”. Isso era uma afirmação constante na minha mente. Eu não sabia como eu iria fazer isso, mas eu tinha fé que isso se realizaria de alguma forma.
Nessa época, eu já era mais corajosa e desprendida, já vivia no Rio de Janeiro (pra quem não sabe, eu sou de Porto Alegre e sai de casa as 20 anos para morar em São Paulo)e estava trabalhando em “Rock Story”, novela das 7h na Globo. Eu estava em uma fase legal na vida (depois de já ter passado por tantos perrengues).

Mas como realização dos meus pedidos – e no meu ponto de vista, uma resposta da decisão que eu deveria tomar -, eu fui apresentada por um amigo em comum, para uma menina que morava nos EUA e nós nos tornamos grandes amigas. Um belo dia, ela me convidou para passar uma temporada com ela na Califórnia e no mês seguinte, eu já estava de malas prontas para realizar esse grande sonho. Sim, eu larguei meu emprego na Globo e a vida confortável que eu estava começando a conquistar. Eu lutei muito para chegar nessa “zona de conforto” e precisei de um impulso de coragem para sair dela e abraçar a nova oportunidade que a vida estava me dando.

Brasil x Estados Unidos

A diferença entre o Brasil e os EUA é realmente grande. A primeira coisa que me chamou a atenção foi o preço da comida no supermercado. Eu ganhei muitos quilos em poucos meses, simplesmente porque era impossível resistir as tentações dos fast-foods e toda a infinidade de sorvetes, chocolates, pizzas, etc, por um preço inacreditável. O mesmo sorvete que no Brasil eu pagava R$ 30,00 nos EUA custava U$ 3,00 ( aproximadamente RS 9,00 na época). Acho que se eu tivesse nascido americana, eu seria obesa!
Além disso, eles têm um supermercado chamado “99 cents”. Simmmm, você compra comida de ótima qualidade por menos de 1 dólar. Esse e o COSCO são de longe os meus supermercados favoritos na vida! No COSCO você compra todas as marcas de produtos que você gosta, em tamanho família e paga a metade do preço.

No geral, achei as pessoas com uma mente muito livre, parece que cada um pode ser o que quiser e tá tudo bem, eles conseguem viver juntos mesmo sendo completamente diferentes uns dos outros. Eu cansei de ver gente na rua, de manhã, vestido como se fosse pra uma festa a fantasia (ou às vezes de pijama e pantufas) e ninguém ficava olhando, apontando ou rindo. Já imaginou se isso fosse no Brasil?

Se você assim como eu gosta de fazer compras, realmente lá você se sentiria em um parque de diversões. O seu dinheiro rende muito! É possível comprar em lojas como Zara e Forever 21, tendo apenas U$ 5,00 na carteira. E se você for nessas lojas na época de liquidação, você leva roupas para casa gastando U$ 2,00!!

Passagens de avião são tão baratas que é difícil de acreditar. Peguei um voo de 1hora até Las Vegas e paguei só U$ 30,00.

Sim, os negros Americanos AMAM ser negros!

O empoderamento do negro é muito forte. Minha visão sobre mim mesma mudou completamente depois da minha experiência vivendo fora. Antes, no Brasil, eu nuca tinha visto negros tão bem sucedidos, tão bem resolvidos, tão atrevidos, literalmente exibindo a sua cultura por todos os lugares. Eles não tinham vergonha de usar uma roupa que chamasse atenção, nem estavam tentando se vestir e se comportar como os brancos se comportam. Nas festas eles dançavam como se estivessem se apresentando em um palco e isso era tão incrível!! Eu nunca tinha visto isso nas tantas e tantas festas que eu já frequentei da “elite” brasileira. Lembro de estar em um dos melhores clubs de Las Vegas, na área vip, bebendo um Dom Pérignon e cercada de pessoas negras lindas, bem vestidas, felizes, dançando muito e eu pensei “Caraaaaaca, to me sentindo confortável em uma festa elitista, pela primeira vez em toda a minha vida!”

 

“Todos os nossos sonhos podem se realizar, se tivermos a coragem de persegui-los.”

De longe, viver nos EUA foi uma das melhores experiências e investimentos da minha vida. Eu fiz grandes amigos por lá e desde então, nunca mais parei de visita-los. Durante os 6 meses vivendo, meu inglês evoluiu muito ( sim, eu estudei em uma escola lá, mas o maior aprendizado foi no dia-a-dia, pensando e falando em Inglês 24h) e eu me tornei uma nova pessoa, me amando e me respeitando mais .

Então o que você precisa ter em mente, se você quiser fazer o mesmo que eu fiz, é se programar! Junte uma grana, saiba pelo menos o básico de inglês e de preferência tenha um amigo por perto (pode ser até um amigo que se aventure de ir junto com você). Com o visto de turista, você pode ficar lá legalmente por 6 meses, não pode trabalhar ou estudar (mas na prática, pode ser que isso role sim). Eu nunca vou te aconselhar a fazer nada ilegal, porque se você for pego, a chance de não voltar para os EUA é muito grande, mas eu sei que provavelmente você vai encontrar pessoas bacanas que podem querer te ajudar. De qualquer forma, fique sempre esperto, não se coloque em risco!

Se você tiver a oportunidade de viver essa experiência, tenha coragem e se desafie. Eu tenho certeza que você vai aprender e amadurecer muito com essa escolha.

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