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Como fica você -e o seu casamento- após a gravidez

Não permita que a maternidade anule a mulher poderosa que você é

Após o nascimento de um bebê, em especial o primogênito, o corpo da mulher muda. Concomitantemente o tempo para cuidar de nós diminui. Fatalmente, a autoestima cai um pouco. As roupas que eu usava antes de ser mãe, não me serviam mais. Sempre gostei de vestir roupas mais justas, no entanto quando passei por esse período de transformação, não me achava sexy para continuar com os mesmos estilos no guarda roupas, passei a usar camisetas mais soltas e calças largas. As peças íntimas também mudaram. Os meus seios passaram a servir somente como fonte de alimentação para minha filha. Tive dificuldades em deixar ser tocada como antes. E tudo isso levou alguns anos. Mesmo quando minha filha já estava com 2 anos de idade, me sentia apenas mãe e não mais “mulher”. Não era mais fitness e nem mais maquiada.

A vida social, diminuiu muito, ficava somente em casa, com medo que o bebê pudesse contrair alguma doença contagiosa. Cabe ressaltar, que minha filha nasceu prematura e por esse motivo alguns cuidados foram mais necessários. Lembro que na época fomos convidados para uma festa promovida pelos colegas de faculdade do meu marido. E pensei no que eu iria vestir. Acreditem… usei o vestido que foi feito para mim sob medida para o aniversário de 1 aninho da minha pequena. Quando cheguei na festa, eu era a única que já era mãe, olhei para as mulheres e me senti uma pessoa totalmente fora dos padrões que eu era.

Não que tenhamos que seguir padrões, mas precisamos nos sentir bem. E neste momento não foi o que eu senti. Somente eu estava com um vestido de cetim dourado e um sapato que se usam em formaturas.

Desse dia em diante comecei a perceber, que havia parado no tempo e que os estilos eram outros. Resolvi então voltar a ser quem eu era e comecei a fazer exercícios físicos, pois eu estava bem acima do meu peso. Me dei conta que além de um pai, meu marido era um homem e que ainda sentia desejos, que acabei deixando passar despercebido.

Aos poucos consegui dividir o tempo para ser mãe, mulher e também para ser esposa e quando minha filha completou 3 anos eu já tinha uma vida ativa normalmente. Minha autoestima melhorou assim como a minha relação conjugal.

Trago essa história para que possamos fazer uma reflexão importante: o amor do casal precisa ser alimentado e que possamos nos tornar a cada dia pessoas melhores tanto para os nossos filhos, para o marido e principalmente para nós mesmas.

– por Raquel Vasconcelos

Raquel é Pedagoga, especialista em Psicopedagogia e Gestão Educacional, além disso, mestranda em Ciências e Matemática. Conheça mais sobre a autora desse texto: Instagram: @raka.rmsv

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