Somos lindas com nossas imperfeições

No verão de 2012, eu comecei a perceber que na minha pele estava surgindo manchinhas escuras na testa. Desde então, fui em busca dos mais variados tipos de tratamento, gastei muito dinheiro e as manchas apenas pioraram. Descobri que o tenho chama-se melasma, que de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia é uma condição que se caracteriza pelo surgimento de manchas escuras na pele, que podem ser decorrentes de fatores hormonais, exposição a raios solares, estresse e também pela predisposição genética dentre outros.

O nosso rosto é nosso cartão de visitas, eu estava cada dia mais triste. Minha pele parecia cada dia pior, e a cada verão manchava mais apesar dos cuidados extremos com o filtro solar e tratamentos com médicos e clínicas de estética. Então, ano de 2020, resolvi ir em busca de mais informações, então, escutando diversos especialistas sobre o assunto, descobri que há três tipos de melasma:

*Epidérmico: Quando há depósito aumentado de pigmento através da epiderme, que é a camada mais superficial da pele;

*Dérmico: Nesse, o depósito de melanina acontece ao redor dos vasos superficiais e profundos.

*Misto: Quando o excesso de pigmento se acumula na epiderme, derme e demais regiões.

Como percebi que minhas manchas eram muito resistentes a qualquer tratamento, entendi que eu precisaria primeiro respirar fundo, e ter paciência para tratar minha pele com carinho, além aceitar o meu rosto como ele é, apesar das perguntas, e soluções mágicas oferecidas pelas pessoas que “só querem ajudar”.

Descobri que o melasma não tem cura, que os cuidados incluem cuidar do corpo e da mente, beber muita água, se alimentar de forma saudável, utilizar clareadores que não sejam fotossensíveis, que não causem inflamação e nem descamem a pele, resfriar a pele com água termal ou chá de camomila gelado, usar antioxidantes orais e se proteger também de luzes artificiais. Para quem tem, procure ir em busca de conhecimento sobre os cuidados necessários, mas principalmente, ame-se, aceite-se e seja feliz. Somos lindas com nossas imperfeições.

– por Daniela do Carmo

Daniela é gaúcha de Santa Maria, formada em Pedagogia, Mestre em Ensino de Ciências e Matemática e Gestora em uma Escola Municipal de Educação Infantil. Apaixonada por pessoas e gatos, adora ler e conversar sobre relacionamentos, estética, maquiagem, comportamento humano e felino. Conheça mais sobre a autora desse texto no Instagram: @danidocarmoaa