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Mudanças “Pós-Pandemia”

Um novo normal: na educação e na nossa vida

Certamente, mudanças já aconteceram e continuarão a acontecer, pós quarentena, essas mudanças não serão apenas no âmbito da educação. Vivemos um novo normal, com condicionantes sociais. Durkheim, um dos fundadores da sociologia, desenvolveu o conceito de “fato social” compreendendo-o como um conjunto de instrumentos culturais determinantes sobre a forma de pensar, sentir e agir das pessoas. Desta forma, todo fato social exige que as pessoas se adaptem ao padrão comportamental do coletivo. Neste contexto, a escola ocupa um lugar importante para a conformação dos indivíduos. Mas, qual é este novo fato social e como ele poderá alterar nosso contexto educacional?

Antes da pandemia quando alguém cumprimentava e não te dava a mão ou um abraço, o que você achava? E agora, pós- Covid-19, isso importa?

Quando você ia fazer compras, não havia problemas em tocar em vários objetos, até mesmo em feiras de produtos naturais a famosa “apertadinha” em algumas frutas para sentir a consistência, mas e agora?

Durante o isolamento social, as lives explodiram, principalmente no Instagram. As vendas pela Internet também, passando a ser uma opção também para lojas que até então se valiam apenas do local físico. Pois pense na junção das coisas: o shopstreaming é isso. Uma versão Instagram do antigo ShopTime.

Modelos sociais e os padrões coercitivos estão se alterando. Há um novo fato social, são novas forças externas.

Como nos disse Durkheim: “cada um é arrastado por todos.”

O Coronavírus se tornou ameaça comum nos levando para o isolamento social e, consequentemente, denominamos de “Ensino Remoto Emergencial”. Modelo pedagógico apoiado por diferentes recursos tecnológicos surgiu, certamente não foi cônsono. Como não tivemos o melhor tempo de planejamento, algumas experiências foram aleatórias. Agora, vivemos um novo momento e já ouvimos falar em uma nova nomenclatura: “Ensino Remoto Intencional”. Para isso, é necessário termos intencionalidades claras, favorecidas por recursos adequados, criando uma rotina de estudos significativa com identidade pedagógica.

Saímos do Emergencial e nós direcionamos ao Intencional. Qual será o termo futuro? Como será depois que voltarmos aos espaços escolares convencionais? Como administraremos os tempos de aprendizagem?

Novamente trago o pensamento de Durkheim quando diz: “uma mesma força os move no mesmo sentido”.

Educar nunca foi uma tarefa fácil, mas em tempos difíceis, se torna um pouco mais desafiador. A minha dica é que possamos nos comprometer com uma educação culturalmente plural que realmente incorpore as diversidades étnicas, de gêneros, convicções e todos os tipos de expressões culturais.

Precisamos mudar além disso, nossos pensamentos, preconceitos, julgamentos, importe-se realmente com aquilo que é essencial.

Trata-se, portanto, de uma mudança de paradigmas, que exige esforços coletivos com o objetivo emergencial de propor não somente ações preventivas e profiláticas, mas também de transformação a recuperação do SER HUMANO pós-pandemia.

– por Raquel Vasconcelos

Raquel é Pedagoga, especialista em Psicopedagogia e Gestão Educacional, além disso, mestranda em Ciências e Matemática. Conheça mais sobre a autora desse texto: Instagram: @raka.rmsv

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